(Para a dileta priminha Margarida Arruda)
Em vez do belo azul quisera agora,
Fitar por esses céus nuvens sombrias
Prenunciando as fartas alegrias
Da chuva que nos salva e revigora.
Quisera ver sorrir no campo a flora
Revestida de galas e louçanias,
E, vibrante, escutar as harmonias
Da passarada, pelo espaço afora...
Que venha o inverno dar conforto e abrigo
Aos povos que, a sofrer amargamente,
Deixaram de seu lar o pouso amigo...
A fome causa horror... A sede aterra;
Mandai-nos oh! Senhor, bondosamente
Vossas bençãos de Pai sobre a terra
Francisca Clotilde, A Estrella, 1915.
Nenhum comentário:
Postar um comentário