Eis-me longe da praça! Em plena alacridade
Do campo aberto em flor a sentir a poesia,
Como é lindo este azul e que beleza irradia
A luz que vem do céu, que vem da imensidade.
Aqui ouço da linfa a grata suavidade
Num murmúrio de leve, ouço ali a melodia
Da mimosa avezinha a cantar anuncia
O doce rossicler... A vida... A Claridade ...
Não me vem a lembrança a ventura, a falaz,
À atração da cidade eu prefiro esta paz
Que me inspira, conforta e reanima na luta;
No sossego do campo é mais doce a ventura,
Mais nitente o luar, sopra a brisa mais pura,
Deus parece mais perto e melhor nos escuta!
F. Clotilde. A Estrella, abril de 1918.
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